"Justo quando a lagarta achava que o mundo tinha acabado, ela virou uma borboleta."

Lamartine

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Realidade cruel... Parte V


Contudo, depois do diagnóstico do tumor intramedular, o único jeito era operar. Marcar a cirurgia e retirar aquele negócio de dentro de mim. Mas ninguém falava q iria ficar "boa"novamente, ninguém afirmava q iria voltar a andar como antes... e por falta de segurança da parte do médico, tbm por falta de conhecimento e informação minha fui adiando a cirurgia. Não tinha coraqem pra marcar. Não queria acreditar na realidade. Vivia me iludindo e buscando milagres... não tinha força suficiente pra encarar a situação.
Com isso o tempo passando, e eu fazendo hidroginástica, natação, tomando remédios pra dor, e me enrolando pra enfrentar a dura verdade... Primeiro não queria operar com aquele médico, ele não me passava confiança... Fui em todos os neuros da minha cidade, mostrava o exame e todos confirmavam o diagnóstico, mas nenhum deles me passava segurança necessária pra uma cirugia delicada como essa... Conheci todos os neurocirugiões de Maringá... mas fazer a cirurgia.... nadaaaaaaaaaa...... queria fugir da minha realidade........Jamais queria operar e ficar em uma "cadeira de rodas", se fosse pra eu ficar em uma "cadeira de rodas" q fosse com o tempo, sem cirugia....( santa ignorância a minha, pois qto mais adiava a operação, mais grave estava a situação).
Mas vcs me entendem? Não entendia nada de lesão medular e ainda pra piorar os médicos passavam uma imagem cruel da cirurgia.Os cirurgiões não tinham a capacidade de me explicar o q estava realmente acontecendo com meu corpo e q podia adaptar a novas situações, mas não.... para eles o mundo iria acabar, como um deles mesmo me disse: " Vc está em um avião pegando fogo!", agora vcs imaginam como me sentia????

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